24 de novembro de 2011

celebrar a vida






























Cumprem-se agora, mais precisamente hoje, 152 anos sobre a data da publicação da primeira edição de On the Origin of Species, by means of Natural Selection, da autoria de Charles Darwin, numa confidencial edição de 1250 exemplares, rapidamente esgotados.

Não me recordo de nenhum outro livro tão importante para a fundamentação da nossa humanidade, a nossa posição no mundo e a nossa relação com a restante natureza. Não sou biólogo - nem almejo ser - e como tal não disponho de mais conhecimentos sobre a matéria do que quaisquer outros humanos minimamente cultos.

No entanto, e com a proliferação de teorias criacionistas, sempre relacionadas com confissões religiosas, questiono-me se Darwin teria razão.

Se o ser humano, como todos os outros seres vivos, evolui e adapta-se, como justificar querer continuar a pensar como se pensava há muitos séculos atrás?

A negação do conhecimento é a negação da evolução, mas ainda há quem considere que evoluir é negar as evidências científicas.

Aliás é preferível acreditar que existe uma "entidade" superior, omnipresente, que tudo vê e assimila, com uma memória e um sentido crítico e de justiça que suplanta todos os sistemas de justiça criados pelos homens, que nos castigará "quando chegar a nossa hora", do que reconhecer que Darwin tinha razão e que nós não descendemos todos da costela de Adão e do pecado original (e porque terá sido pecado o pecado original?).

Charles Darwin demorou vários anos (décadas) a consolidar as suas teorias, a experimentá-las e a justificá-las.
Provavelmente desconfiava que não seria fácil contestar o criacionismo. Para o fazer tinha que ter certeza...

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