29 de setembro de 2012

O despertar da lusofonia

Já aqui falei por diversas vezes de que o português tem uma postura inferiorizada, sentindo-se muitas vezes "menor" que um qualquer seu homólogo oriundo de outra nação (ocidental...).

Existem obviamente excepções, mas este tipo de comportamento é detectável nos mais diversos patamares sociais, desde os nossos governantes até às nossas empregadas de limpeza.

Mas nem sempre é assim, e nunca devia ser assim.

Por vezes temos que ser lembrados disso.

E foi o que a revista Monocle fez.
É verdade que a "lusofonia" há muito ultrapassou as fronteiras de Portugal, e que hoje somos apenas um dos vários Palops, mas somos, e estamos lá.

Um dos entrevistados da Revista, meu professor, é ele próprio um exemplo deste malfadado "fado do coitadinho".

Álvaro Siza Vieira alcançou o reconhecimento internacional muito antes até de ser conhecido pelos estudantes de Arquitectura de Lisboa, o que demonstra quão pouco atentos podemos ser relativamente ao que de bom produzimos.

Eu aprendi em todo o meu percurso de vida que temos que ser sempre criticados pelo nosso trabalho, porque temos que saber identificar as poucas falhas que fizemos nas nossas melhores criações. Apenas dessa maneira as podemos corrigir e estar constantemente a evoluir.

E nunca devemos assumir que nada do que fazemos tem qualidade ou é merecedor de atenção.
Temos muitos defeitos - todos têm - mas não devemos esquecer nunca as nossas qualidades.

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