14 de março de 2012

ai portugal, portugal...2

Santa Comba Dão lança “marca Salazar” para vender produtos locais 

Existe algo de muito estranho na condição de "ser português".

Se é verdade que a liberdade de expressão me permite criticar todas estas referências ditatoriais, é igualmente verdade que a mesma liberdade de expressão que leva a aceitá-las, mesmo discordando.

No entanto, não vejo ninguém a promover um vinho branco alemão com a marca "Memórias do Führer" , ou um espanhol ou um chileno a fazer algo semelhante (um tinto chileno "memória de pinochet" seria um sucesso como arma de arremesso nas demonstrações sindicalistas...).

Que país é este que prefere viver fechado no seu quintal, com um patrão que tudo decide e a quem se obedece cegamente, apenas para poder afirmar que não tem dívidas? Mesmo sem ter cultura? Mesmo sem poder falar? Mesmo sem se poder afirmar?

Mesmo com Guimarães como capital Europeia de cultura, ninguém se lembrou de criar a marca Afonso Henriques. 

Mas do António de Oliveira estão sempre a lembrar-se...

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