21 de março de 2012

"é no silêncio..."

é no silêncio
que melhor ludibrio a morte


não
já não me prendo a nada
mantenho-me suspenso neste fim de século
reaprendo os dias para a eternidade
porque onde termina o corpo deve começar
outra coisa outro corpo


ouço o rumor do vento
vai
alma vai
até onde quiseres

em dia mundial da poesia,
relembro o último poema de um livro de um grande poeta deste país,
poeta com A grande,
A de Al Berto

poema nº7 de "regresso às histórias simples", in O MEDO, Al Berto, Contexto 1987.
Já aqui o tinha citado, mas as frases simples e bonitas nunca se repetem, relembram-se...

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