luz, sol e sal. algum vento e a pele curtida.os rins a sofrer e as unhas roídas.o palito, qual cigarro desaparecido.a boina, gorro, carapuço, garruço.e a ameijoa, se a maré for formosa.
o miolo dos quarteirões das cidades sempre foi objecto dos comentários mais variados:desde nojo execrável a erradicar, até à melhor coisa que alguém já fez em cidade, tudo já se ouviu.pessoalmente, apenas guardo a memória de muitos quintais, logradouros, hortas e outros que tais, cada um mais pessoal que o outro. nunca presenciei - nem usufrui - desse "luxo" apregoado pelos defensores do urbanismo do quarteirão, que é o "miolo de quarteirão comunitário".tudo o que vi foram imagens como esta: sempre proximidade, mas nunca vizinhança, porque tudo mais não é do que um aglomerado de parcelas individuais...
talvez um dia o sangue se torne verde, e estas palavras ganhem sentido. hoje são apenas o gesto irreflectido de quem não gosta de paredes brancas.