Hoje, regressando em segurança a casa, com a família toda no carro, fui ultrapassado por outra viatura num troço de auto-estrada.
Durante a ultrapassagem, rebentou um pneu do carro que nos estava a ultrapassar.
Por uma vez - e única - agradeci o excesso de velocidade dessa viatura. Porque foi isso que permitiu que se criasse uma "distância de conforto" entre eles e nós antes de perderem o controle do automóvel, permitindo-nos reduzir velocidade e parar em segurança enquanto eles se imobilizavam ilesos na faixa de emergência depois de cruzarem várias vezes ambas as faixas da auto-estrada.
Foi um tremendo susto para todos que não teve nenhuma consequência física para ninguém e cujos danos materiais terão ficado por um pneu novo e talvez um alinhamento de direcção e acerto de suspensão da viatura acidentada.
Mas podia não ter sido assim, e se eles cumprissem o limite de velocidade, eu não estava aqui agora a escrever, e nem sei se estaria no hospital...
Nota:a imagem não tem autor designado, e foi retirada da página dos centros de assistência a pneus FirstStop, da Bridgestone.
31 de agosto de 2011
25 de agosto de 2011
Agosto de 1988
Comprei a minha primeira máquina fotográfica há 23 anos.
Alguns dias depois aconteceu o brutal incêndio do chiado, a 25 de Agosto de 1988 - e é tão fácil recordar o Mário Crespo a fazer a reportagem em directo e a dizer que as imagens de televisão deveriam ter cheiro para que todos nunca mais esquecêssemos aquela tragédia.
Por querer fotografar as ruínas carbonizadas numa das noites seguintes, tive o meu primeiro encontro com a gatunagem e a consequente passagem por uma esquadra de polícia a fazer queixa do furto (não perdi a máquina, mas fiquei sem dinheiro) - mas não sei se estas experiências não terão sido mais traumatizantes do que o incêndio propriamente dito.
Assistir in loco ao acto de alinhar cinco ou seis folhas de papel intercaladas com papel químico para cópia para tomar nota da ocorrência, enquanto alguém cujo rosto não vi curtia ruidosamente uma bebedeira num dos compartimentos interiores da esquadra, com um calor sufocante de Agosto em espaços não refrigerados, é suficientemente surrealista por si só, quanto mais após um assalto.
Nestes tempos a polícia nunca, ou quase nunca, fazia perseguições em automóvel, porque os Fiat 131 - que faziam lembrar o do Markku Alen do Rally de Portugal - não andavam nada.
Nestes tempos a polícia usava fardas cinzentas e azuis, porque os uniformes sempre foram pagos pelos próprios e quando surgiu a alteração no fardamento, nem todos puderam comprar as novas fardas de uma só vez.
Nestes tempos ser polícia era estar sujeito a ser agredido ou insultado pela própria polícia, devido às contestações existentes com a criação do sindicato.
Nestes tempos ser polícia era de um enorme louvor e dedicação ao trabalho, porque o estigma social pré-revolução de Abril ainda se mantinha em muitas pessoas - e a polícia era a cara da repressão da ditadura - e as condições de trabalho era miseráveis.
Hoje, vários anos passados, muita coisa mudou. Mas o parágrafo anterior não mudou muito, em particular a última frase...
Alguns dias depois aconteceu o brutal incêndio do chiado, a 25 de Agosto de 1988 - e é tão fácil recordar o Mário Crespo a fazer a reportagem em directo e a dizer que as imagens de televisão deveriam ter cheiro para que todos nunca mais esquecêssemos aquela tragédia.
Por querer fotografar as ruínas carbonizadas numa das noites seguintes, tive o meu primeiro encontro com a gatunagem e a consequente passagem por uma esquadra de polícia a fazer queixa do furto (não perdi a máquina, mas fiquei sem dinheiro) - mas não sei se estas experiências não terão sido mais traumatizantes do que o incêndio propriamente dito.
Assistir in loco ao acto de alinhar cinco ou seis folhas de papel intercaladas com papel químico para cópia para tomar nota da ocorrência, enquanto alguém cujo rosto não vi curtia ruidosamente uma bebedeira num dos compartimentos interiores da esquadra, com um calor sufocante de Agosto em espaços não refrigerados, é suficientemente surrealista por si só, quanto mais após um assalto.
Nestes tempos a polícia nunca, ou quase nunca, fazia perseguições em automóvel, porque os Fiat 131 - que faziam lembrar o do Markku Alen do Rally de Portugal - não andavam nada.
Nestes tempos a polícia usava fardas cinzentas e azuis, porque os uniformes sempre foram pagos pelos próprios e quando surgiu a alteração no fardamento, nem todos puderam comprar as novas fardas de uma só vez.
Nestes tempos ser polícia era estar sujeito a ser agredido ou insultado pela própria polícia, devido às contestações existentes com a criação do sindicato.
Nestes tempos ser polícia era de um enorme louvor e dedicação ao trabalho, porque o estigma social pré-revolução de Abril ainda se mantinha em muitas pessoas - e a polícia era a cara da repressão da ditadura - e as condições de trabalho era miseráveis.
Hoje, vários anos passados, muita coisa mudou. Mas o parágrafo anterior não mudou muito, em particular a última frase...
19 de agosto de 2011
a fotografia sem fotografar...
Hoje cumpre-se mais um "dia da fotografia".
Há exactamente um ano dissertei bastante sobre o acto fotográfico ( http://8000-201.blogspot.com/2010/08/porque-o-faco.html ).
Hoje estou totalmente desmotivado. Não sei se é o excesso de luz (mas existe "luz a mais"?), se o cansaço ou outra coisa qualquer, mas não tenho disparado nos últimos dias. São coisas...
De qualquer modo, não quis deixar de registar a data.
Há exactamente um ano dissertei bastante sobre o acto fotográfico ( http://8000-201.blogspot.com/2010/08/porque-o-faco.html ).
Hoje estou totalmente desmotivado. Não sei se é o excesso de luz (mas existe "luz a mais"?), se o cansaço ou outra coisa qualquer, mas não tenho disparado nos últimos dias. São coisas...
De qualquer modo, não quis deixar de registar a data.
16 de agosto de 2011
almejar
almejar: desejar com ânsia;...; aparecer ao longe, de modo indeciso.
Desejar a perfeição leva-nos a procurar o conhecimento.
Procurar o desconhecido permite conhecer-nos melhor.
Destemer o futuro dá-nos um melhor presente.
Não sei se são estes os pressupostos da Fundação Chapalimaud para o desconhecido, mas são frases que me surgiram a percorrer o espaço do edifício concebido pelo Arquitecto Charles Correa, porque aqui, visivelmente, não se tem medo do desconhecido...
6 de agosto de 2011
sofobomo_3
E pronto, já está!
http://www.sofobomo.org/book-view-515/Formosa%20ria.pdf
À portuguesa, no último dia do prazo, mas acabado.
O tema merecia uma intervenção de longo prazo (e foram constantes as desilusões por não estar a incluir esta e aquela imagem, ou por não ter tempo de fazer determinadas imagens em determinados locais às horas certas) mas um projecto destes obriga sempre a algumas cedências.
Só tenho uma certeza: o próximo vai ficar melhor!
4 de agosto de 2011
World Press Photo Portimão
Não, não é o concurso mundial de fotojornalismo de Portimão...
Abre hoje ao Público, no Museu Municipal de Portimão - O Museu! - a mais recente exposição do World Press Photo, como já vem sendo hábito.
A exposição prolonga-se até 28 de Agosto e merece uma visita atenta (e o museu também!... http://8000-201.blogspot.com/2009/10/o-museu-de-potimao.html)
Foto de Adam Pretty, Guangzhou, China, 2010. Primeiro prémio World Press Photo 2011, serie de Desporto
Abre hoje ao Público, no Museu Municipal de Portimão - O Museu! - a mais recente exposição do World Press Photo, como já vem sendo hábito.
A exposição prolonga-se até 28 de Agosto e merece uma visita atenta (e o museu também!... http://8000-201.blogspot.com/2009/10/o-museu-de-potimao.html)
Foto de Adam Pretty, Guangzhou, China, 2010. Primeiro prémio World Press Photo 2011, serie de Desporto
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