26 de agosto de 2010
20 de agosto de 2010
o obituário de Herman Leonard
Em 1948, Dexter Gordon fumava... num intervalo merecido em mais uma actuação genial,
e Herman Leonard imortalizou-o nesta imagem...
Só por isto, este homem merecia o céu. Mas ele fez muito mais e fotografou todos os grandes do Jazz, imortalizando-os em imagens que muitos de nós já vimos em diversos livros, cartazes, catálogos, T-shirts, discos, bonés e tantas coisas mais.
Um grande bem haja neste descanço eterno
foto de Herman Leonard retirada de http://www.hermanleonard.com/
19 de agosto de 2010
porque o faço...
isto hoje vai ser longo...
a "fotografia" comemora hoje uma série de anos - 171 contados desde 1839, ano em que, a 19 de Agosto, Daguerre apresentou à Academia Francesa as suas descobertas.
Desde então, e durante muitos anos, a fotografia foi um ofício muito especializado, com muitas subtilezas técnicas, muitas aprendizagens resultantes de inúmeras experiências, muita dedicação e muitas horas em laboratório e câmara escura, muita película e muitos químicos...
Até que, há coisa de vinte anos - talvez mais - começou a aventura de captar imagens sem sais de prata mas com CCD's em silício.
Poucos anos depois a fotografia digital já era banal, e rapidamente começou a ser tudo mais simples, mais fácil, mais rápido, mais imediato, e desmesuradamente mais barato.
Passou a ser descartável, ou quase, mas esse é o preço do consumismo globalizado - e não apenas fotográfico...
Paralelamente, os profissionais começaram a queixar-se: para eles era tudo mais caro - mas não tinham que consumir as toneladas de películas e químicos e, diziam-lhes, a qualidade era incomparavelmente melhor.
Não havia nada que se pudesse comparar entre uma imagem digital profissional e uma imagem digital normal.
Mas era um engano... foi apenas uma questão de tempo.
A resolução, a tonalidade, o ruído/grão, as altas sensibilidades, a rapidez de funcionamento, a operacionalidade, tudo passou a ser quase equiparado, num peso, preço e tamanho incomparável.
quem duvida, pode ler isto: http://www.luminous-landscape.com/reviews/kidding.shtml
Poucas coisas sobram para distinguir a fotografia "difícil" da fotografia "fácil".
E hoje escolho como tema para as imagens - e são todas de hoje - uma dessas únicas coisas:
Bokeh
é um palavrão japonês que designa Out-of-Focus Blur (peço desculpa, mas nem consigo imaginar dizer em português o "esbatido desfocado" ou outra coisa semelhante).
O Bokeh está muitas vezes associado a shallow depth-of-field (mais uma vez, a "estreita profundidade de campo" na nossa língua), que é daquelas coisas que só se obtêm com grandes máquinas (ou máquinas com formatos de imagem grandes, ou grandes sensores de imagem) e - ainda mais importante - objectivas muito luminosas e de grande qualidade.
É literalmente impossível de classificar uma objectiva pelo seu Bokeh, porque não existe uma fórmula, tabela, modelo ou qualquer outro qualificativo que se possa padronizar.
Ou gostamos do que vemos, ou não.
Existem objectivas com excelentes classificações técnicas em todos os testes a que são sujeitas, mas que são postas de lado por quem as devia utilizar, porque não têm um bom Bokeh.
Muitas vezes uma mesma objectiva pode ter um excelente Bokeh atrás do plano de focagem e um desfocado visualmente muito perturbador à frente do plano de focagem, ou o contrário.
ver exemplo aqui, retirado do teste à objectiva Voigtlander Nokton 58mm f1.4, publicado por Klaus Schroiff no site Photozone http://www.photozone.de/
Outras vezes uma objectiva pode ter uma excelente correcção de cores no plano de focagem, mas uma horrorosa aberração cromática atrás e à frente do plano de focagem (normalmente púrpura/magenta à frente, e verde atrás...).
Ao invés, um bom Bokeh - normalmente suave e discreto - possibilita a enfatização do tema.
O que importa aqui salientar é que, em todas as imagens que aqui apresento, e em todas aquelas em que se poderá falar de Bokeh, não se está a representar o que se vê.
A capacidade de reduzir, ou estreitar o campo de focagem, afasta a fotografia da representação do real, levando-a para a apresentação intencional de parte do real, possibilitando, por exemplo, isolar elementos do meio que os rodeia - muito útil em retratos ou em fotografia de objectos ou de alimentos (vide o já aqui referido http://www.flagrantedelicia.com/)
Esta capacidade de isolar, infelizmente ainda é impossível de obter nos equipamentos fotográficos mais banais, porque apenas se obtêm com o aumento do tamanho do formato de imagem, ou da película, ou do sensor, e com a utilização de objectivas muito luminosas.
Infelizmente, um bom Bokeh ainda vai continuar a ser muito caro de obter. Só espero que não seja necessário esperar mais 171 anos até que tal aconteça...
17 de agosto de 2010
falta de fluxo
não é por falta de vontade,
nem de imagens,
nem de palavras,
nem de tempo,
mas o corpo não segue a mente,
ou não quer,
a mente mente,
engana-se,
quer dizer o que tem a dizer,
mas não diz,
ou não quer,
afinal,
é por querer ou não é por não querer...
4 de agosto de 2010
1 de agosto de 2010
a primeira de agosto
"o meu querido mês de agosto" lançou o mote.
o mês de férias, de sol, calor e amores de verão coincide também com o mês das romarias, de "nossa senhora" e outros deleites religiosos.
como o casto religioso coincide com o ardente amante apaixonado, nunca consegui perceber, mas "que existem, existem!..."
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