28 de outubro de 2010

27 de outubro de 2010

26 de outubro de 2010

a cores, sem curvas







































A cor está lá, porque não pode ser outra! Não é outra!
A curva está, mas não devia estar...

É tão simples identificar os erros dos outros...
É tão complicado evitar atempadamente os nossos erros...

25 de outubro de 2010

sem imagens

A notícia é de ontem,
"morreu o walkman",
e deixou-me - como provavelmente a muitos outros - a relembrar as memórias de um passado mais ou menos distante:
A inveja que sentíamos na escola daqueles que ostentavam os primeiros modelos (grandes, azuis e com botões laranja).
A satisfação na compra do nosso primeiro "walkman" genuíno.
O prazer de ouvir a nossa música, em vez do silvo agudo dos rodados do metro circulando nos carris.
A indignação quando as pilhas começavam a falhar, e a fita enrolava a uma velocidade menor, e os sons e as vozes se distorciam em experiências sonoras inusitadas.

Recordo-me em particular dos momentos de seleccionar "o que gravar" nas três ou quatro cassetes que me dispunha a transportar, ou de me sentar a desenhar em tempos de faculdade, ouvindo as músicas novas que ia descobrindo, gravadas de um amigo ou da rádio, quando deixávamos sempre o gravador em stand-by, pronto a gravar este ou aquele tema que nos tocava mais.

Mas a morte de ontem começou há muitos anos...
primeiro vieram os cds e o parente rico "discman", e a música deixou de rodar a velocidades descabidas;
depois foi o ipod e o mp3, e deixámos de comprar os suportes;
por último, estamos a deixar de usar equipamentos para ouvir música, integrando essas funções em telefones, agendas electrónicas ou mini-computadores...

Qualquer dia, a musica ainda vai ser descarregada, juntamente com outros conteúdos, directamente para a nossa cabeça...

24 de outubro de 2010

23 de outubro de 2010

22 de outubro de 2010

à maneira de... 8








































não é uma imagem como as de David Fokos http://www.davidfokos.net/

nem é de um preto e branco tão intenso como as dele - e já aqui mostrei outras fotos mais próximas do seu imaginário - mas faz muito bem relembrar a existência deste sereno senhor, que transmite paz e tranquilidade em cada uma das suas imagens, mesmo quando apenas mostram estruturas metálicas ou de betão.
Faz bem recordar que este homem utiliza uma única máquina - de película e de grande formato, diga-se - com uma única objectiva e um tripé. Não faz muitas provas mas demora bastante tempo antes e durante cada prova - horas de contemplação e estudo e exposições de vários minutos por foto.

21 de outubro de 2010

20 de outubro de 2010

19 de outubro de 2010

"io sono l'amore..."



















o azul,
um azul que não o céu,
em dia de chuva...

com um filme intenso e lindíssimo,
Io sono l'Amore,
descobri este espaço:
o Famedio do Cemitério Monumental de Milão.

Espaço memória,
mausoléu para tantos grandes milaneses,
surge no filme como espaço de verdade,
onde a imensidão do volume impõe o dever de não esquecer a palavra.

pode ser melhor apreciado aqui:



foto de Paolo Motta, retirada de www.panoramio.com

17 de outubro de 2010

16 de outubro de 2010

15 de outubro de 2010

à maneira de... outra vez





















para gianni galassi, a mesma imagem seria assim...

14 de outubro de 2010

13 de outubro de 2010

12 de outubro de 2010

11 de outubro de 2010

10 de outubro de 2010

9 de outubro de 2010

as capelas imperfeitas 1

























Há lugares incompletos,
lugares onde sentimos apenas a luz,
porque a matéria foge.

Há lugares desfeitos,
onde um pequeno vazio é a nossa fuga.

Há lugares imperfeitos,
onde um qualquer objecto nos imobiliza.

começo uma nova série. o nome surgiu da revisitação de imagens da "Batalha". a ideia surgiu da beleza da luz em lugares menos belos - se belos alguma vez poderão ser...

3 de outubro de 2010

noite americana 2






















Um luar impossível,
inolvidável!


ou será que era dia?

2 de outubro de 2010

noite americana 1





















é noite,
de dia,
ou foi dia quando já era noite?

não procuro receitas, mas recriar o cinematográfico objecto da "noite americana" por vezes resulta exactamente no que procuramos...