23 de dezembro de 2008

meias juntas

a concepção arquitectónica obedece aos mais variados critérios, e é sempre muito pessoal.

por vezes previlegiamos a integração no "território" - um palavrão;

outras vezes temos uma abordagem mais matemática, e assumimos um "módulo" - outro palavrão;

há quem tenha também uma abordagem mais pura, evidenciando os elementos nas suas funções primárias, sejam estruturais, de revestimento ou de preenchimento, com uma resultante "brutalista" - mais um palavrão;

e também há quem privilegie a forma do objecto arquitectónico, mais ou menos curvilíneo, num atitude "escultural" - o último palavrão do dia.

mas por que raio se esquecem sempre das juntas de dilatação?...



22 de dezembro de 2008

saudades da praia 2



poderia simplesmente ser sem palavras, mas não resisto... as letras pedem para ser escritas, e o desejo de me conter não é suficiente para as suster.

21 de dezembro de 2008

rampas



para quem pense que surgem por necessidade, há sempre quem as aplique apenas pelo prazer visual de as ver...

20 de dezembro de 2008

saudades da praia


são as pequenas coisas, os pequenos objectos, ou os cheiros, que avivam a nossa memória.


esta pedra fez-me lembrar a praia... qual praia?

A praia!

11 de dezembro de 2008

a loja das tentações


como para muitos outros, este foi o meu primeiro filme do manoel de oliveira.
seguiram-se canibais, franciscas, nons, vales e conventos.
não vi caixas, cartas, casos, souliers, viagens, impérios, nem os muitos outros já realizados, mas também nem sempre todos podem ver tudo.
pelo respeito, pelo amor à sua arte - muitas vezes incompreendido e desrespeitado - e pela capacidade de fazer evoluir e renovar o seu cinema, o meu sincero voto de parabéns.
Nota: gostaria de referenciar a autoria do cartaz aqui publicado, mas não encontrei qualquer registo.
Ao autor - se ainda vivo - ou seus descendentes, as minhas desculpas pela omissão.

meio por meio



com o céu assim, as hipóteses de dilúvio não são escassas.
se fosse apostar, diria "meio por meio".
se fosse optar, regressaria a casa.
se pudesse decidir, ficaria sempre assim, denso e luminoso.
são os brindes do inverno.
muitas vezes disse e ouvi, que não há luz como a dos dias de sol de inverno logo após grandes chuvas.

4 de dezembro de 2008

o paradigma das festas de garagem



quando nos solicitam a execução de certas coisas, questionamo-nos...
quando um coberto de estacionamento é elevado à categoria de monumento, intrigamo-nos...
quando argumentam com festas de garagem, regozijamo-nos...
mas que diabo, em que ano estamos?

2 de dezembro de 2008

uma pedra em grãos de areia branca


Não é mais do que um instante, passar o rodo pela areia e posicionar o calcáreo.
suster a respiração e esperar que a mão não trema.
perceber pela fotografia uma existencia negra no meio do mar branco de areia.
soprar e não saber o sucede.