por várias razões, este é um dos poucos blogues que sigo com alguma atenção,
provavelmente por razões de afinidade temática,
por um olhar semelhante para algumas questões sociais,
enfim, essas coisas.
mas hoje descobri mais uma:
gostamos ambos do trabalho dos canalizadores:
http://www.auspiciousdragon.net/photowords/?p=1879
31 de maio de 2009
29 de maio de 2009
urbanismo de viés
25 de maio de 2009
23 de maio de 2009
a descida, outra vez
o obituário do joão
esta é a melhor forma de o recordar.
sem romantismos, sem maneirismos e sem discursos inflamados de políticos incógnitos.
ver o filme, mais uma vez, numa sala de cinema, pensando que esta seria a sua 68ª ou 72ª vez.
quando o conheci – ou mais concretamente, quanto tive contacto com ele pela primeira vez, foi a 46ª ou 47ª…
eu era então um jovem adolescente que escondia a minha adolescência idiota dos meus colegas adolescentes e idiotas, fugindo para a “félix ribeiro” para ver bom cinema em boas condições, lendo sempre o texto numa folha A4 copiada a stencil, assinado por nomes a que mais tarde comecei a prestar mais atenção.
recordo-me de não ter visto o “guitar” aquando do ciclo do nicholas ray, há mais de vinte anos, por uma razão tão idiota quanto válida – acabaram-se-me os trocos da mesada e o nosso rigor orçamental constringiu-me a não pedir mais para poder ver o filme… (soube depois que teriam sido concedidos de muito bom grado)
recordo-me de o meu irmão me ter dito que o filme era fabuloso, e que o discurso prévio do joão ainda ajudara mais a perceber a sua grandiosidade.
recordo-me de ter visto o filme várias vezes depois disso – sempre em vídeo ou dvd, ou tv – e de não poder sentir o mesmo – as cores, o formato, a cantiga da peggy lee, e a voz rouca dele.
tenho a esperança de ver a película, em película, numa sala a sério, mas nunca mais vou ouvir aquela voz a apresentar um filme ou um realizador, ou uma estreia (ou mais um medalhado do 10 de junho…)
muito obrigado João Benard da Costa
21 de maio de 2009
a leitura do dia
as longas viagens têm algumas vantagens
se feitas de comboio ou avião permitem-nos a leitura,
descomprometida, muitas vezes do princípio ao fim.
hoje "devorei" este peter carey e fiquei com mais vontade de viajar, mas para ainda mais longe...
desenho de vera tavares para a capa de "wrong about japan" de peter carey
20 de maio de 2009
isto não é o texas, nem a palestina... muito menos o iraque
19 de maio de 2009
a boca de um anjo
ele não caíu,
nem tombou.
e,
infelizmente,
não se partiu...
este anjo será chinês,
ou de algum arredor oriental.
lábios pintados com destreza feminina,
por vezes escrava
- se não do corpo, do relógio.
destreza esquecida quando se regateiam os dois três tostões do custo do menino.
lábios vermelhos, com destreza feminina
e brilho, muito brilho
lábios vermelhos...
eu não parti este menino - nem ninguém
- e ele ainda sobrevive eternamente menino, qual virgem maria, eternamente virgem,
eternamente
14 de maio de 2009
o último toque
9 de maio de 2009
renovar... estando longe
a disponibilidade fisíca e mental não tem sido muita.
as imagens não fluem e a mente não voa,
o discernimento ausenta-se e a nossa existência resume-se a sucessivas sequências mecanizadas de rotinas e procedimentos padronizados, inquestionáveis, imutáveis, intocáveis.
gritar é uma opção, mas de poucas consequências práticas.
fugir não é opção, e tem muitas consequências drásticas.
renovar, estando parado talvez provoque alguma mudança...
esperemos!
4 de maio de 2009
o obituário do vasco
temo estar a repetir muitas outras frases do dia;
temo até não ser honesto e sincero com esse receio.
o vasco, cuja idade eu esquecera, cresceu muito, mas nunca envelheceu.
devo-lhe muitas horas de alegria
e muitas horas de espanto e surpresa.
enquanto petiz queria o rato e o donald, e ele presenteava-nos com a escola de zagreb, o experimentalismo canadiano e as colagens dos checos.
hoje, em que animação na tv é pouco mais do que anúncios de redbull, recordo com saudade aquele que partiu e que nunca vou esquecer.
temo até não ser honesto e sincero com esse receio.
o vasco, cuja idade eu esquecera, cresceu muito, mas nunca envelheceu.
devo-lhe muitas horas de alegria
e muitas horas de espanto e surpresa.
enquanto petiz queria o rato e o donald, e ele presenteava-nos com a escola de zagreb, o experimentalismo canadiano e as colagens dos checos.
hoje, em que animação na tv é pouco mais do que anúncios de redbull, recordo com saudade aquele que partiu e que nunca vou esquecer.
recordo as origens de muita da nossa melhor animação; do gato e da lua; do final feliz; da suspeita
só tenho pena que as minhas filhas não tenham nas suas memórias de infância alguém como ele.
muito obrigado, camarada vasco.
desenho de Luis Diferr para o livro "Vasco Granja, Uma vida...1000 imagens" e foto de Bruno Barbosa
3 de maio de 2009
ponto de fuga
1 de maio de 2009
a formiga sem carreiro
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