
dificilmente nos entendemos,
ou queremos entender.
não se busca a coerência, a percepção, a descoberta.
quedamo-nos,
inertes, sem vontades nem desejos.
acrescentamos pedaços descabidos a cada pedaço
esfarrapado,
justificando assim a existência.
o discurso entorpece,
as camadas acumulam-se e tornamo-nos densos,
e depois opacos,
e por fim, mudos
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