a utilização do azulejo na arquitectura é muitas vezes criticada.
outras vezes reverenciada,
e outras ainda, ignorada.
no fundo, tudo se trata de textura,
como quando nos dizem que preferem as "fotos em papel mate".
os brilhos podem confundir, é verdade.
as cores podem ser outras, também é verdade.
os tamanhos das peças a aplicar podem - e devem - obrigar a uma maior rigor,
que muitas vezes é esquecido, o que é igualmente verdade.
mas caramba, que raio de preconceito é esse que nos obrigada à parede lisa e monocromática, primeiro com reboco, depois com "fenólico" do norte da europa ou uma qualquer chapa alemã ou americana.
o excesso de informação e o nosso provincianismo levam-nos a renegar as nossas tecnologias - surgidas para satisfazer as nossas necessidades concretas - para abraçar uma modernidade que encontramos nas revistas, com materiais que não são os nossos e que pouco nos dizem.
num mundo global, talvez esta seja uma conversa de treta, mas quando pretendemos valorizar as nossas qualidades e definir a nossa identidade/especificidade para melhor nos afirmarmos nesse mesmo mundo global, é conveniente olhar para trás e aprender alguma coisa com o passado.
e afinal, porque usamos nós o azulejo?
é a luz, senhor; é a luz...
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