a moderna vida urbana obriga-nos a convívios e confraternizações desenfreadas.
resguardarmo-nos no recato do lar já não é opção politicamente correcta e todos temos - juntamente com os nossos rebentos - de reunir, confraternizar, jantar, lanchar, falar, reunir, confraternizar, jantar, lanchar, falar, reunir, confraternizar, jantar, lanchar, falar, reunir...
o recato do lar também não é o lugar para tanta confraternização, nem pelo espaço - cada vez menor - nem pela disponibilidade física e financeira de todos os intervenientes.
surgem então os espaços para estes encontros... e aflora uma imensidão de estereótipos e lugares-comuns, de necessidades desnecessárias, de brincadeiras repetitivas e de gulas irreais e irresponsáveis.
sendo preguiçosos e egoístas, todos alimentamos estas sucessivas feiras de vaidades e desperdícios, de onde regressamos sempre com uma imensa dor de cabeça, um estômago vazio e a boa seca...
nota 1: o desabafo está propositadamente vago e indeterminado.
nota 2: o homem é um animal de hábitos, vícios e comodismos. O que aqui critico é a consequência natural da concorrencia comercial entre diversos espaços que se esforçam apenas por oferecer o que os seus clientes lhes pedem - e cujos serviços eu também já contratei...
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