28 de fevereiro de 2009

controlar a dor



cravando pregos bem fundo, descobrimos o sangue, o nosso, o da madeira, o de todos.

os nós dos dedos estalam e a negra lenha recebe mais uma cunha de aço cravada, qual tacha superflua mas presente, numa linha contínua já aberta.

e a madeira ficou, qual faquir, sangrando ao sol.

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