31 de janeiro de 2012
30 de janeiro de 2012
29 de janeiro de 2012
25 de janeiro de 2012
o obituário de Theo
"Theo Angelopoulos foi atropelado por uma moto ... acabando por
morrer quatro horas depois devido a uma hemorragia interna."
Sem ser um grande conhecedor da sua obra, relembro o "Olhar de Ulisses" e "A eternidade e um dia".
Mas sem sombra de dúvida o que choca é o facto em si.
O atropelamento deve ser ainda uma das formas mais bárbaras de desrespeito pela vida, algo que nos aproxima do esquartejamento, da amputação, decapitação e tantas outras.
O que implica a mutilação física advém ainda do nosso sentido animal de tratar o outro como inferior: do peão para o insecto; da mota para o peão; do carro para a mota; do camião para o carro, etc... passando pelos comportamentos sociais e religiosos que infligem as mutilações como sentença, até às armas e às minas anti-pessoais.
Neste tempo não se pode morrer atropelado...
Sem ser um grande conhecedor da sua obra, relembro o "Olhar de Ulisses" e "A eternidade e um dia".
Mas sem sombra de dúvida o que choca é o facto em si.
O atropelamento deve ser ainda uma das formas mais bárbaras de desrespeito pela vida, algo que nos aproxima do esquartejamento, da amputação, decapitação e tantas outras.
O que implica a mutilação física advém ainda do nosso sentido animal de tratar o outro como inferior: do peão para o insecto; da mota para o peão; do carro para a mota; do camião para o carro, etc... passando pelos comportamentos sociais e religiosos que infligem as mutilações como sentença, até às armas e às minas anti-pessoais.
Neste tempo não se pode morrer atropelado...
20 de janeiro de 2012
para (não) acabar de vez com a cultura
Hoje começam formalmente as cerimónias oficiais de abertura da Capital Europeia da Cultura
GUIMARÃES 2012
Uma das iniciativas é a de permitir que cada um dos visitantes da página de internet desenhe o seu logotipo, partindo da matriz fornecida - misto de coração, G deitado e arco de janela.
Este é o meu primeiro, feito a despachar, da colagem de meia dúzia de imagens que estavam à mão.
mais tarde acrescentarei outros, à medida que se justifique relembrar algum acontecimento da programação...
19 de janeiro de 2012
...para mais tarde recordar...
Agora é oficial.
A kodak pediu falencia
Custa ver uma das pioneiras da fotografia - que foi igualmente uma das pioneiras da fotografia digital - a atravessar uma crise sem fim à vista e, com toda a certeza, com um único desfecho possível.
David Gonzalez do New York Times relembra muito bem o que isto representa para alguém que fotografou muito com película, e que a redescobre alguns anos depois.
É impressionante como a frase "para mais tarde recordar" continua a fazer sentido.
Eu tenho em arquivo vários milhares de fotogramas em Kodak (e não só...), quase sempre T-max, e ambiciono sempre pelo momento - o "instante" - em que os posiciono num qualquer equipamento de digitalização, e os relembro, reaprecio, readquiro, recordo...
Este mundo moderno está a tirar-nos o tempo de recordar. É preciso tempo para construir a memória, e a continuar assim, a nossa memória será a de um vegetal informe.
18 de janeiro de 2012
15 de janeiro de 2012
new shadows
O "flare" estragou um pouco a imagem, mas gostei dela à mesma.
Talvez noutra ocasião a repita, porque não é irrepetível.
13 de janeiro de 2012
12 de janeiro de 2012
10 de janeiro de 2012
9 de janeiro de 2012
old school
Destruída, ao abandono, como uma chaga que se purga,
a minha primeira escola.
e porquê?
Continua rodeada das mesmas habitações que lhe justificavam a existência,
que continuam sendo habitações,
muitas delas até ampliadas.
Continua próxima de outros bairros residenciais - que continuam residenciais e onde a população (ainda) se renova, de onde muitas crianças provinham para aqui aprender.
Não tem cantina (porque nunca fazia falta?...).
Não tem campo de jogos - mas nós jogávamos à mesma.
Não tem biblioteca (e nós líamos) mas era fácil integrar.
E tinha luz, sombra, árvores e um conforto térmico "do outro tempo", quase só resultante da orientação solar e da inércia térmica. Barato, muito barato de manter.
Mas nós somos ricos, e podemos construir escolas novas, caras, tecnologicamente desenvolvidas e novamente caras de manter...
8 de janeiro de 2012
7 de janeiro de 2012
6 de janeiro de 2012
o "instante"
Quando hoje esquecemos o que fizemos ontem.
Quando de tarde esquecemos o que fizemos durante a manhã.
Quando esquecemos as coisas que dizemos e escrevemos, com a facilidade de quem despeja a água do banho.
Alguém usa o tempo, e usa-o de uma forma aditiva.
Michael Chrisman usou o seu tempo.
Preparou uma geringonça - e não existe outro termo - e capturou uma imagem durante um ano inteiro, ininterruptamente, e obteve o resultado que aqui mostro.
Quando pensamos em fixar fracções de segundo, como instantes da nossa memória a guardar, ele fixou durante 365 dias todos os segundos de todos os dias!
foto de Michael Chrisman, retirada de: The Star
http://www.thestar.com/news/article/1109339--year-long-exposure-of-toronto-skyline-produces-dreamy-image?bn=1
Quando de tarde esquecemos o que fizemos durante a manhã.
Quando esquecemos as coisas que dizemos e escrevemos, com a facilidade de quem despeja a água do banho.
Alguém usa o tempo, e usa-o de uma forma aditiva.
Michael Chrisman usou o seu tempo.
Preparou uma geringonça - e não existe outro termo - e capturou uma imagem durante um ano inteiro, ininterruptamente, e obteve o resultado que aqui mostro.
Quando pensamos em fixar fracções de segundo, como instantes da nossa memória a guardar, ele fixou durante 365 dias todos os segundos de todos os dias!
foto de Michael Chrisman, retirada de: The Star
http://www.thestar.com/news/article/1109339--year-long-exposure-of-toronto-skyline-produces-dreamy-image?bn=1
5 de janeiro de 2012
O obituário de Eve, a verdadeira Eva
Ao fim de um século, Eve deixou-nos.
Pelo brilhantismo e simplicidade do seu trabalho, merece a admiração e respeito de todos os que alguma vez pensaram em fotografia.
Ouvi-la falar, contando as histórias das suas múltiplas reportagens, apenas nos deixava a pensar quão simples e sincera a profissão de repórter pode ser.
Para quem não conhece a obra de Eve, este livro Eve Arnold in Retrospect
diz tudo.
Um grande bem-haja e muito obrigado por tudo!
Pelo brilhantismo e simplicidade do seu trabalho, merece a admiração e respeito de todos os que alguma vez pensaram em fotografia.
Ouvi-la falar, contando as histórias das suas múltiplas reportagens, apenas nos deixava a pensar quão simples e sincera a profissão de repórter pode ser.
Para quem não conhece a obra de Eve, este livro Eve Arnold in Retrospect
diz tudo.
Um grande bem-haja e muito obrigado por tudo!
4 de janeiro de 2012
2 de janeiro de 2012
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