19 de janeiro de 2012

...para mais tarde recordar...



















Agora é oficial.
A kodak pediu falencia

Custa ver uma das pioneiras da fotografia - que foi igualmente uma das pioneiras da fotografia digital - a atravessar uma crise sem fim à vista e, com toda a certeza, com um único desfecho possível.

 David Gonzalez do New York Times relembra muito bem o que isto representa para alguém que fotografou muito com película, e que a redescobre alguns anos depois.

É impressionante como a frase "para mais tarde recordar" continua a fazer sentido.

Eu tenho em arquivo vários milhares de fotogramas em Kodak (e não só...), quase sempre T-max, e ambiciono sempre pelo momento - o "instante" - em que os posiciono num qualquer equipamento de digitalização, e os relembro, reaprecio, readquiro, recordo...

Este mundo moderno está a tirar-nos o tempo de recordar. É preciso tempo para construir a memória, e a continuar assim, a nossa memória será a de um vegetal informe.

Sem comentários: