"Theo Angelopoulos foi atropelado por uma moto ... acabando por
morrer quatro horas depois devido a uma hemorragia interna."
Sem ser um grande conhecedor da sua obra, relembro o "Olhar de Ulisses" e "A eternidade e um dia".
Mas sem sombra de dúvida o que choca é o facto em si.
O atropelamento deve ser ainda uma das formas mais bárbaras de desrespeito pela vida, algo que nos aproxima do esquartejamento, da amputação, decapitação e tantas outras.
O que implica a mutilação física advém ainda do nosso sentido animal de tratar o outro como inferior: do peão para o insecto; da mota para o peão; do carro para a mota; do camião para o carro, etc... passando pelos comportamentos sociais e religiosos que infligem as mutilações como sentença, até às armas e às minas anti-pessoais.
Neste tempo não se pode morrer atropelado...
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