26 de março de 2012
25 de março de 2012
o obituário de um grande António
Tabucchi deixou-nos.
Não privei com ele, mas conheci-o.
O seu olhar profundo, doce, simultaneamente misterioso e transparente.
A sua escrita cheia de significados.
Todos os gestos e frases medidos e ponderados, como parte de uma narrativa, sem maneirismos, sem preciosismos, sem vocabulário denso, mas sempre cheia de sentido.
Obrigado António.
Gostei muito mais de ler depois de te ler e espero poder passar essa mesma paixão a todos os que ficam cá para além de ti.
Não privei com ele, mas conheci-o.
O seu olhar profundo, doce, simultaneamente misterioso e transparente.
A sua escrita cheia de significados.
Todos os gestos e frases medidos e ponderados, como parte de uma narrativa, sem maneirismos, sem preciosismos, sem vocabulário denso, mas sempre cheia de sentido.
Obrigado António.
Gostei muito mais de ler depois de te ler e espero poder passar essa mesma paixão a todos os que ficam cá para além de ti.
24 de março de 2012
23 de março de 2012
21 de março de 2012
"é no silêncio..."
é no silêncio
que melhor ludibrio a morte
não
já não me prendo a nada
mantenho-me suspenso neste fim de século
reaprendo os dias para a eternidade
porque onde termina o corpo deve começar
outra coisa outro corpo
ouço o rumor do vento
vai
alma vai
até onde quiseres
em dia mundial da poesia,
relembro o último poema de um livro de um grande poeta deste país,
poeta com A grande,
A de Al Berto
poema nº7 de "regresso às histórias simples", in O MEDO, Al Berto, Contexto 1987.
Já aqui o tinha citado, mas as frases simples e bonitas nunca se repetem, relembram-se...
que melhor ludibrio a morte
não
já não me prendo a nada
mantenho-me suspenso neste fim de século
reaprendo os dias para a eternidade
porque onde termina o corpo deve começar
outra coisa outro corpo
ouço o rumor do vento
vai
alma vai
até onde quiseres
em dia mundial da poesia,
relembro o último poema de um livro de um grande poeta deste país,
poeta com A grande,
A de Al Berto
poema nº7 de "regresso às histórias simples", in O MEDO, Al Berto, Contexto 1987.
Já aqui o tinha citado, mas as frases simples e bonitas nunca se repetem, relembram-se...
20 de março de 2012
14 de março de 2012
ai portugal, portugal...2
Santa Comba Dão lança “marca Salazar” para vender produtos locais
Existe algo de muito estranho na condição de "ser português".
Se é verdade que a liberdade de expressão me permite criticar todas estas referências ditatoriais, é igualmente verdade que a mesma liberdade de expressão que leva a aceitá-las, mesmo discordando.
No entanto, não vejo ninguém a promover um vinho branco alemão com a marca "Memórias do Führer" , ou um espanhol ou um chileno a fazer algo semelhante (um tinto chileno "memória de pinochet" seria um sucesso como arma de arremesso nas demonstrações sindicalistas...).
Que país é este que prefere viver fechado no seu quintal, com um patrão que tudo decide e a quem se obedece cegamente, apenas para poder afirmar que não tem dívidas? Mesmo sem ter cultura? Mesmo sem poder falar? Mesmo sem se poder afirmar?
Mesmo com Guimarães como capital Europeia de cultura, ninguém se lembrou de criar a marca Afonso Henriques.
Mas do António de Oliveira estão sempre a lembrar-se...
12 de março de 2012
o meu 12 de março
Hoje cumpre-se um ano após o maior protesto civil apartidário realizado no nosso país.
Começou como uma vontade de dizer "estou à rasca" por parte de alguns licenciados desempregados ou precários, e acabou como manifestação unida de todos os que, insatisfeitos, precários, desempregados, desiludidos, endividados, desmotivados e desconsiderados, não se revêem neste modo de tratar as pessoas.
Há alguns anos eu fiz parte da chamada "geração rasca" que, por não estar (ainda) à rasca e estar a ser sustentada pelos pais para poder ter uma educação melhor, foi assim apelidada por se entender que não merecia o esforço que governantes e pais estariam - supostamente - a fazer para lhes proporcionar um futuro melhor.
Os "colegas" aqui retratados exibem a frase "não pago" na presença do então ministro da educação. Referiam-se ao inicio do pagamento de propinas no ensino superior.
Todos acabámos por pagar, e cada vez mais e maiores propinas, portagens, taxas, impostos, e tudo o mais.
E continuamos cada vez mais insatisfeitos, precários, desempregados, desiludidos, endividados, desmotivados e desconsiderados.
Foi há um ano... e nada melhorou.
Começou como uma vontade de dizer "estou à rasca" por parte de alguns licenciados desempregados ou precários, e acabou como manifestação unida de todos os que, insatisfeitos, precários, desempregados, desiludidos, endividados, desmotivados e desconsiderados, não se revêem neste modo de tratar as pessoas.
Há alguns anos eu fiz parte da chamada "geração rasca" que, por não estar (ainda) à rasca e estar a ser sustentada pelos pais para poder ter uma educação melhor, foi assim apelidada por se entender que não merecia o esforço que governantes e pais estariam - supostamente - a fazer para lhes proporcionar um futuro melhor.
Os "colegas" aqui retratados exibem a frase "não pago" na presença do então ministro da educação. Referiam-se ao inicio do pagamento de propinas no ensino superior.
Todos acabámos por pagar, e cada vez mais e maiores propinas, portagens, taxas, impostos, e tudo o mais.
E continuamos cada vez mais insatisfeitos, precários, desempregados, desiludidos, endividados, desmotivados e desconsiderados.
Foi há um ano... e nada melhorou.
10 de março de 2012
a ponte é uma passagem...
Uma ponte pode ser complexa.
Uma ponte pode ser engenhosa.
Uma ponte pode ser dispendiosa.
Uma ponte pode também ser genial, sendo simples, discreta e barata.
A ponte MOSES, projectada por RO&AD Architecten para Halsteren, na Holanda, é um grande exemplo de que a grande arquitectura não tem que ser grande para ser premiada e elogiada.
http://www.archdaily.com/184921/moses-bridge-road-architecten/
Por tudo, Parabéns
fotos do gabinete RO&AD Architecten, retiradas de www.archdaily.com
4 de março de 2012
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