Hoje cumpre-se um ano após o maior protesto civil apartidário realizado no nosso país.
Começou como uma vontade de dizer "estou à rasca" por parte de alguns licenciados desempregados ou precários, e acabou como manifestação unida de todos os que, insatisfeitos, precários, desempregados, desiludidos, endividados, desmotivados e desconsiderados, não se revêem neste modo de tratar as pessoas.
Há alguns anos eu fiz parte da chamada "geração rasca" que, por não estar (ainda) à rasca e estar a ser sustentada pelos pais para poder ter uma educação melhor, foi assim apelidada por se entender que não merecia o esforço que governantes e pais estariam - supostamente - a fazer para lhes proporcionar um futuro melhor.
Os "colegas" aqui retratados exibem a frase "não pago" na presença do então ministro da educação. Referiam-se ao inicio do pagamento de propinas no ensino superior.
Todos acabámos por pagar, e cada vez mais e maiores propinas, portagens, taxas, impostos, e tudo o mais.
E continuamos cada vez mais insatisfeitos, precários, desempregados, desiludidos, endividados, desmotivados e desconsiderados.
Foi há um ano... e nada melhorou.
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