é no silêncio
que melhor ludibrio a morte
não
já não me prendo a nada
mantenho-me suspenso neste fim de século
reaprendo os dias para a eternidade
porque onde termina o corpo deve começar
outra coisa outro corpo
ouço o rumor do vento
vai
alma vai
até onde quiseres
em dia mundial da poesia,
relembro o último poema de um livro de um grande poeta deste país,
poeta com A grande,
A de Al Berto
poema nº7 de "regresso às histórias simples", in O MEDO, Al Berto, Contexto 1987.
Já aqui o tinha citado, mas as frases simples e bonitas nunca se repetem, relembram-se...
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